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Memórias dos Pupilos

Aqui vou registar as lembranças, boas e más, dos meus tempos de aluno dos Pupilos do Exército para as partilhar com os leitores. São, também, para os actuais alunos se quiserem conhecer velhas experiências...

Memórias dos Pupilos

Aqui vou registar as lembranças, boas e más, dos meus tempos de aluno dos Pupilos do Exército para as partilhar com os leitores. São, também, para os actuais alunos se quiserem conhecer velhas experiências...

O silêncio é cúmplice

 

Reli a última “postagem” que aqui deixei. Na sequência, conclui que era necessário fazer, desde já, um aviso aos ex-alunos cujo silêncio é cúmplice da actual situação vivida pelo Instituto e, até pela APE.

 

Realmente, todos os que, tendo responsabilidades associativas ou não, se calam agora ou, pior ainda, apoiam os alunos na sua postura estudantil estão declaradamente a cavar a tumba onde se há-de enterrar o Instituto. É necessário dizer aos alunos que frequentam o ensino secundário nos Pupilos que têm, pelo menos, 50% de responsabilidade no encerramento da Casa que nos educou. Mas os ex-alunos têm o dever de o dizer agora, hoje, neste momento para que os mais jovens possam remediar a sua postura perante o estudo e perante o desejo de aprender. Os ex-alunos não podem guardar este argumento para quando o Instituto fechar para sempre as suas portas, porque, nessa altura, estarão a ser desonestos e traiçoeiros. É agora que se tem de chamar a atenção dos alunos. É agora que se tem de lhes exigir que coloquem os Pupilos nos dez primeiros lugares do ranking nacional das escolas secundárias.

 

Não há Poder político capaz de fechar um estabelecimento de ensino que tenha altos e dignificantes resultados escolares. Vamos deixar de dizer aos alunos que eles são uns tipos bestiais, que a culpa é do Estado-Maior do Exército por não dar dinheiro para a manutenção da Escola, que a culpa é do Director do Instituto por deixar correr e não fazer obras e arranjos nas instalações, que a culpa é do ministro da Defesa Nacional por qualquer coisa que queiram inventar, que a culpa é deste e do outro e de não sei mais quem!

 

Não. Uma grande dose de culpa é dos alunos e, consequentemente, dos professores. Dos primeiros, porque não se aplicam afincadamente com o forte desejo de obter excelentes classificações; dos segundos, porque ou não sabem ensinar, ou são permissivos, ou não sabem responsabilizar os alunos pelos fracos resultados escolares que alcançam.

 

Alunos e ex-alunos, sejamos honestos. Saibamos arcar com as responsabilidades que nos calharam em sorte. Aos ex-alunos peço que deixem de bajular os alunos como se eles fossem o supra-sumo da inteligência e cultura nacionais. No seu conjunto, os alunos são muito fracos. Tão fracos que os resultados estão à vista de todos nós. Por isso, só há um processo de começar, desde já, a salvar o Pilão: obrigar os alunos a estudar, a terem excelentes notas, a tornarem-se conhecidos por pertencerem ao grupo superior dos jovens portugueses. Assim, o Instituto terá hipóteses de não ser encerrado. De contrário, não.

 

Não gostem de mim, mas estudem, vençam com altas classificações. Um dia, dar-me-ão razão!

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